top of page
Buscar

Parando de aceitar migalhas: Autoestima e limites saudáveis na terapia


O desejo de ser aceito, de pertencer e de ser amado é, talvez, um dos nossos impulsos mais fundamentalmente humanos. Buscamos nos outros um reflexo do nosso próprio valor, e isso, em si, não é um problema. É o que nos torna capazes de criar vínculos profundos.


Mas o que acontece quando essa busca se torna a única fonte de validação? O que acontece quando a nossa autoestima está tão fragilizada que não conseguimos mais diferenciar o que é afeto genuíno do que é, de fato, apenas uma migalha?


É aqui que o "aceitar migalhas" começa.


ree

O ciclo de aceitar migalhas

Aceitar migalhas é um comportamento que se manifesta de formas sutis:

Aceitamos um emprego que nos esgota porque temos medo de não achar outro.


Permanecemos em relações que nos diminuem por medo da solidão.


Silenciamos nossas necessidades, opiniões e desejos para não "incomodar", apenas para garantir que o outro permaneça ao nosso lado.


Esse comportamento não é fraqueza, como muitos costumam julgar. É um sintoma.



A dor é um alerta, não um destino

É um alerta profundo de que, em algum ponto da jornada, nos perdemos de nós mesmos. É um sinal de que nossos limites se tornaram invisíveis – primeiro para nós, e depois, inevitavelmente, para os outros.


Aceitar migalhas é a consequência direta de uma autoestima que ainda não reconhece o próprio tamanho.


E é exatamente neste ponto que a terapia se revela uma ferramenta poderosa de transformação. Ela não entra como mágica, mas como um processo de parceria estratégica. No "Método Arkos", chamamos isso de acolhimento com movimento.


O Método Arkos: Como a Terapia Ajuda na Prática

Para quebrar esse ciclo, não basta "escuta passiva". Precisamos de um plano de ação claro, dividido em duas etapas fundamentais:


1. O Acolhimento (A Base)

Primeiro, vamos juntos criar um espaço seguro para investigar a origem dessa necessidade de aprovação. Vamos acolher a dor do medo da rejeição e entender, sem julgamentos, por que esses padrões se formaram. Validamos sua história e suas dores.


2. O Movimento (A Estratégia)

Aqui, saímos da escuta. Usamos ferramentas práticas, muitas delas baseadas na TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental), para construir ativamente o que falta. A terapia te ensina, na prática, a dizer "não" sem culpa. Ela te ajuda a reerguer sua autoestima, não com clichês de autoajuda, mas com ações diárias de autorrespeito.


Começamos, tijolo por tijolo, a construir seus limites saudáveis.


Do banquete, não das sobras

Parar de aceitar migalhas não é sobre se tornar uma pessoa fria ou egoísta. É sobre se tornar uma pessoa inteira. É um ato de autorresponsabilidade e o começo de uma vida onde você se nutre de banquetes, e não mais de sobras.


Você tem se contentado com as migalhas que te oferecem, ou está pronto para escolher o banquete que você merece?

 
 
 

Comentários


Vamos conversar?

Se você sentiu que esse espaço pode te ajudar, o próximo passo é simples: agendar uma conversa. Aqui, não tem julgamentos, pressa ou rótulos — só você, sua história e a chance de recomeçar com mais clareza e cuidado.

“Você merece sentir leveza, mesmo quando a vida exige muito.”

© 2025 por Warley Gandra - Desenvolvimento Humano

bottom of page